- Área: 6143 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Kim Changmook
Visão
O nascer do sol do deserto e seus raios são refletidos nas muitas gotas de orvalho de uma flor. O piscar das luzes me lembra as manobras dos espectadores no estádio de futebol. Isso também me leva ao show de rock. A energia coesa e espontânea da Coreia se expressa muito bem nesses momentos. A visão de uma estrutura semelhante a um estádio gigante com luzes brilhantes vem à minha mente.
Fachada do Cubo Giratório
O pavilhão do setor de mobilidade, o que inclui a Coreia, pretende representar e exibir a ideia de mobilidade em termos contemporâneos e futuros. Os cubos giratórios tornam-se uma expressão da mobilidade coreana e da energia de seu povo. Existem 1597 deles representando padrões abstratos de temas relacionados à mobilidade e mensagens importantes. O cubo tem uma face digital e três faces de cores analógicas. Ele aspira ser digital e analógico (digi_logue), em uma tentativa de trazer um pouco de frescor para a mídia digital contemporânea saturada e fatigada. A fachada do cubo giratório procura ser uma instalação digi_logue, que pode ser experimentada dentro e fora do volume. Ela é a exposição.
Rampa Aérea
Como o zigurate, como a torre de Babel, como o DNA e as espirais da galáxia, as 4 rampas entram e saem do volume. Elas sobem e descem com gradientes flutuantes, como se a lógica tivesse sido atingida por um estímulo acidental e irracional. Os limites do pavilhão da Coreia são rompidos pela entrada e saída das rampas. A experiência espacial interna e externa torna-se contínua. As rampas sinuosas e onduladas fornecem muitos pontos de vista em diferentes níveis e posições, permitindo uma experiência quase panorâmica de toda a estrutura. Além disso, são disponibilizados conteúdos de Realidade Aumentada aos visitantes, que podem sobrepor imagens digitais à realidade existente. A noção de miragem está sutilmente implícita nessas intervenções.
Madang
As casas coreanas tradicionais têm um madang, que geralmente é um espaço aberto e vazio onde muitas atividades e eventos acontecem. Essa ideia é levada ao pavilhão da Coreia em grande escala, onde apresentações, eventos espontâneos e festivais podem acontecer. A grande abertura a leste é um gesto que fortalece o rompimento da fronteira entre interior/exterior onde os transeuntes podem desfrutar do espetáculo, mesmo sem entrar no pavilhão. Em suma, Madang é um estádio ao ar livre com grande flexibilidade e potencial.
Plano Espacial
A forma irregular é a matriz do pavilhão. Os assentos ao ar livre em torno do Madang são irregulares, evocando uma experiência espacial mais natural. Em torno do Madang central existem muitos espaços periféricos e funcionais em 4 níveis, como restaurantes, lojas e exposições que são vedados para possibilitar o uso do ar-condicionado.
Corte Espacial
Como as tendas beduínas, o espaço Madang é envolto por cubículos permeáveis que, por sua vez, abrigam cubos giratórios, a fachada sul também tem pequenas aberturas por onde os raios de sol e a brisa podem entrar livremente. As quatro rampas fornecem muitos pontos de vista interessantes, o que traz uma sensação de transparência a este espaço estruturado de outra forma industrial e volumoso.
Exposição
Muitos pavilhões de exposições são rígidos com a movimentação de pessoas dentro dos seus ambientes. Frequentemente, os visitantes se sentem pressionados pela experiência espacial. O pavilhão da Coreia tenta aliviar esse problema, criando um amplo espaço aberto entre as exibições, onde os visitantes têm muito mais liberdade para fazer coisas naturais como descansar, observar e assim por diante. O volume e as exposições são conectados para fornecer uma experiência mais emancipada.